Quinta e sexta dimensão

Contemplar as estrelas, a lua, o horizonte terrestre, ou simplesmente qualquer orla paisagística, manifesta, pelo menos, dois aspectos em comum: todos têm uma componente de circularidade limitante; todos têm uma componente dimensional que diminui com o afastamento do observador. Os objectos observados, tornam-se redondos e pequenos com o afastamento do observador. Estas manifestações constituem factos polémicos que ainda não estão completamente explicados pela teoria científica actual; poderia tentar-se a explicação através da teoria ondulatória e electromagnética da luz, porém, tal não é suficiente: efectivamente, estes fenómenos também ocorrem com qualquer outra propriedade física e manifestação da realidade objectiva; ocorrem com as ondas mecânicas do som, qualquer que seja o meio acústico em que se propaguem; ocorrem com a propagação das ondas mecânicas geradas em meio líquido ou gasoso; ocorrem com a irradiação térmica; enfim, ocorrem com qualquer manifestação da realidade objectiva e mensurável, independentemente dos instrumentos que se utilizem para a observar e medir; são pois dados objectivos e fenómenos polémicos para os quais a comunidade científica ainda não tem uma explicação e compreensão completamente consensuais. A racionalização própria de um empirismo histórico, continuado ao longo dos tempos, tem justificado a variação das propriedades físicas, do tamanho e circularidade limitante dos objectos observados, com factos e aspectos contingentes e externos ao espaço em que o objecto se localiza; admite que qualquer que seja o afastamento ou distância entre objecto observado e observador, pois, as propriedades físicas do objecto mantêm-se e são apenas aspectos contingentes do meio, onde esse objecto se encontra, que provocam variações quantitativas das medições efectuadas pelo observador; esta tem sido a visão oficial da ciência ao longo dos tempos. Surge agora uma nova abordagem; uma abordagem antagónica, uma abordagem que considera a variabilidade reológica, deformável, do espaço ou distância, como origem de toda a realidade física mensurável e contingencial. Com esta nova abordagem, torna-se possível ultrapassar as barreiras do espaço e do tempo, da distância e da velocidade da luz; torna-se possível uma variação da conformação reológica do espaço com posicionamento imediato nas estrelas mais distantes, nos confins do universo. A humanidade, a comunidade científica, tem de se libertar do empirismo histórico da abordagem tradicional, tem de encarar novas possibilidades, só assim poderá avançar. A teoria da relatividade, com a sua abordagem cónica do espaço, centrada num espaço hiperbólico das cónicas, já promoveu avanços sobre a visão euclidiana, porém, apenas considera um espaço linear cónico, curvo, hiperbólico; é preciso avançar, ir mais longe; é preciso conceptualizar um espaço volumétrico, reológico ou deformável, em turbilhão ou vórtice; só assim será possível ultrapassar a barreira da distância espacial inerente à velocidade da luz. Efectivamente, é a arquitectura do espaço reológico, tridimensional, em turbilhão ou vórtice, que proporciona a realidade física existencial mas também a respectiva variação do tamanho e forma circular, do contorno limitante, que a mensurabilidade das propriedades físicas dos objectos observados, manifestam com o respectivo afastamento do instrumento observador de medida. A uma teoria científica, historicamente empírica, clássica e oficial, que determina a proporcionalidade da constância mensurável, das propriedades físicas dos objectos e respectivas distâncias ou espaços entre eles; opõe-se uma nova teoria que aceita a constituição intrínseca dos objectos físicos mensuráveis como densificação reológica, ou deformável, do espaço ou distância. A unidade fundamental de medida deste espaço, ou distância, reológica ou deformável, constituinte dos objectos físicos e das distâncias que os separam, é o densitrão. É a deformidade reológica densitrónica do espaço que, por variação da respectiva densidade espacial, origina os objectos físicos da realidade existencial e lhes dá a forma; é também a variação da densidade espacial, que origina a separação e tamanho observado com o respectivo afastamento entre observador e objecto; é finalmente, a deformação reológica em turbilhão ou vórtice, da densidade do espaço, que confere um aspecto circular limitante do contorno dos objectos observados, maior ou menor, conforme o objecto está mais ou menos afastado do seu observador. O aspecto circular do contorno limitante, dos objectos observados, com o respectivo afastamento, origina a quinta dimensão; o tamanho dos objectos observados, com o respectivo afastamento entre observador e objecto, constitui a sexta dimensão. A circularidade turbilhonar da quinta dimensão espacial da densidade reológica do espaço, confere-lhe as propriedades periódicas, ondulatórias ou pulsáteis; por conseguinte, a manifestação do objecto físico observado consiste num aparecimento e desaparecimento periódico, porém, numa frequência tão elevada que o olho humano, mas também qualquer instrumento actual de medida, capta como aparência constante da realidade; no entanto, quando se caminha para a realidade imensamente pequena da mecânica quântica, fenómenos relacionados com o entrelaçamento quântico de Schrödinger e a sobreposição quântica com a conceptualização de experiências mentais como o gato de Schrödinger ou o princípio da incerteza de Heisenberg, são agora, explicados e compreendidos pela circularidade turbilhonar associada à quinta dimensão espacial, inerente à variação reológica da densidade do espaço. Qualquer turbilhão, ou vórtice, além da sua tridimensionalidade em cone, também circula ciclicamente em torno do seu centro de rotação, da base até ao vértice; por conseguinte, a vorticidade reológica do espaço, ou distância, explica fenómenos como o limite circular do horizonte de qualquer paisagem, do horizonte terrestre, da lua, das estrelas ou de qualquer outro objecto observado afastadamente do observador e quanto mais afastado do observador, pois, também mais afastado da sua base e mais próximo do seu vértice, portanto, o resultado consiste numa maior circularidade do seu limite assim como maior diminuição do seu tamanho; é isto que ocorre quando, à noite, no firmamento, se observa a lua cheia: redondinha e pequenina. A variação da deformidade reológica densitrónica do espaço, numa circularidade turbilhonar, em vórtice, permite a justificação da mensurabilidade de um espaço linear euclidiano para pequenas distâncias; um espaço linear cónico hiperbólico da teoria da relatividade para distâncias maiores e, finalmente, um espaço tridimensional cónico turbilhonar, em vórtice, para distâncias imensamente maiores ou imensamente menores; note-se que quanto mais a mensurabilidade se aproximar do espaço cónico turbilhonar tanto maior será a acurácia e aproximação dos resultados comparativos entre diferentes instrumentos de medida.
Conceitos como a dualidade onda-partícula, primeiramente propostos para explicar a natureza da luz, posteriormente também aplicados a outras entidades físicas, atómicas e sub-atómicas, com implicações na mecânica quântica, permitem explicar fenómenos ondulatórios como a difracção segundo a qual nas frentes ou superfícies de qualquer onda, os infinitos pontos constituintes, transportam consigo todas as propriedades dessa onda, portanto, são capazes de originar infinitamente, novas frentes ou superfícies de onda, conservando sempre as propriedades da onda original.
A dualidade onda-partícula, quando generalizada a toda a realidade física existencial, permite explicar fenómenos como o entrelaçamento e a sobreposição quântica assim como as experiências mentais relacionadas com o gato de Schrödinger; porém, a propagação ondulatória tem sempre uma realidade tridimensional em cone ou vórtice turbilhonar cuja perspectiva bidimensional se traduz por espirais, como as espirais de Patrício, constituídas a partir de triângulos equiláteros, cujos pontos de superfície, ou frente de onda, transportam consigo todas as propriedades dessa onda turbilhonar espiralada, originando novas frentes ou superfícies de onda com as características turbilhonares em vórtice da onda original.
As espirais turbilhonares do espaço, da distância espacial em vórtice, justificam todas as propriedades ondulatórias da realidade dualistica observável mas, também, os fenómenos físicos da ressonância, desde a frequência fundamental da vibração torcional, localizada no ponto nodal do centro de rotação do vórtice, cuja amplitude é nula, até aos extremos da maior espiral cuja amplitude é máxima, em conformidade com a tensão de cisalhamento e a deformação reologica do espaço. A viscosidade condiciona a deformabilidade reológica do espaço, condiciona também a sua oscilação ou vibração harmónica forçada, tanto no sentido de amplitude crescente como decrescente ou amortecida, por conseguinte, condicona a respectiva ressonância. Tradicionalmente aborda-se a ressonância das ligações químicas com o exemplo paradigmático da estabilidade da molécula de benzeno; porém moléculas como o ozono e outros gases da atmosfera também manifestam fenómenos de rassonância podendo justificar a evolução de algumas alterações na temperatura do planeta terra. Qualquer sistema com fenómenos periódicos oscilatórios, vibratórios ou ondulatórios, desde que permita entradas e saídas energéticas de cisalhamento tem, sempre, fenómenos harmónicos que podem ser amortecidos ou, por outro lado, de ressonância amplificante; são exemplos adaptados os tubos de ressonância sonora mas também os tubos de vórtice de Ranque – Hilsch; estes últimos separam as temperaturas através de dois vórtices de cisalhamento que se orientam em sentidos opostos; também fenómenos meteorológicos, como os vórtices ciclónicos, revelam sempre movimentos turbilhonares de sentido contrário e bilateral a justificar movimentos convectivos que condicionam transferências de calor e variações da temperatura. Tanto a dilatação como a contracção reológica do espaço mássico, pois, ambas estão sempre associadas com variações da temperatura. As variações da distância espacial e da temperatura estão, sempre, indissociavelmente relacionadas. O calor dilata o espaço; este fenómeno ocorre por causa da propagação térmica e respectiva deformabilidade tridimensional reológica, anisotrópica, cónica turbilhonar, em vórtice, do espaço.
A explicação da realidade através da modelagem matemática permite efectuar cálculos previsionais significativamente aproximados dos fenómenos observados; a função de Patrício Leite e suas imensas extracções funcionais permitem a criação de modelos matemáticos em áreas muito distintas; desde a economia geral, incluindo os variados mercados financeiros e monetários, até à modelagem da cinética oncológica, da farmacocinética e farmacodinâmica, do funcionamento das enzimas alostéricas que não seguem a curva gráfica de Michaelis-Menten mas sim uma cinética enzimática, graficamente, em curva sigmóide; enfim, são imensas as aplicações da função de Patrício em modelagem matemática.
Quando se avança para níveis sub-quânticos, para os níveis mais fundamentais da realidade física, torna-se cada vez mais patente o dualismo fenomenológico reducionista da singularidade elementar; a dualidade onda – corpúsculo da luz e dos restantes fenómenos físicos conforma-se num espaço descontínuo, desnsitário turbilhonar. O densitrão, enquanto unidade básica de medida, é apenas espaço ou distância densificada; a grandeza massa desaparece sendo substituída por uma quinta dimensão que engloba massa – espaço – tempo calculada e medida a partir da dualidade densitrónica; a quinta dimensão assume propriedades polares, periódicas, vibratórias e ondulatórias para todos os fenómenos físicos; a matemática da quinta dimensão é traduzida pela função de Patrício Leite e suas imensas extracções. A sexta dimensão, constituída pelas vertentes dimensionais do objecto observado, que diminuiem com o afastamento do observador, envolve a interacção recíproca entre observador e observado; efectivamente, por redução eidética fundamental, torna-se, sempre, imperiosa a dualidade existencial recíproca entre observador – observado.
As ilustrações gráficas das várias extracções funcionais de Patrício Leite permitem uma melhor e facilitada compreensão da sua aplicação à modelagem matemática do espaço como distância finita densitária, anisotrópica, deformável ou reológica, em vórtice espiralado turbilhonar que lhe conferem propriedades periódicas, vibracionais e ondulatórias.
Considerando a função de Patrício Leite: n! = Σnk=0(nk)(-1)k(n+z-k)n
Assumindo que o valor inicial de n = 13 e z = 9, efectuam-se os cálculos, através da respectiva fórmula, constrói-se a seguinte tabela:
 Constrói-se um primeiro gráfico para a distribuição das combinações ao longo da linha n = 13 do triângulo aritmético:
Esta curva gráfica bidimensional da distribuição das combinações ao longo da linha n=13 do triângulo aritmético mostra o característico aspecto em sino; se agora se realizarem rotações em torno do eixo das ordenadas mas com o centro a passar pelo vértice como ponto máximo da curva, pois, obtém-se um vórtice espiralado turbilhonar tridimensional.
Construindo um gráfico que relaciona a variação do total do valor da função, para cada valor de k, com a variação da variável k, de acordo com a função de Patrício Leite: n! = Σnk=0(nk)(-1)k(n+z-k)n surgem as seguintes curvas gráficas:
A curva gráfica oscilatória revela os fenómenos periódicos, vibratórios ou ondulatórios, associados com as propriedades periódicas, ondulatórias ou pulsáteis da circularidade turbilhonar inerente à quinta dimensão espacial da densidade reológica do espaço, por outro lado a curva sigmóide resulta dos fenómenos harmónicos amortecidos ou, pelo contrário, amplificados pela ressonância. Estes fenómenos harmónicos, amortecidos ou ampliados, relacionam-se com a sexta dimensão espacial, pela qual os objectos se tornam redondos e pequenos com o afastamento do observador. As entradas e saidas energéticas de cisalhamento provocam torção física rotacional do espaço traduzido, graficamente, pela rotação da própria curva sigmóide com vórtices espiralados, conformando um aspecto tridimensional de duplo vórtice turbilhonar cujo ponto nodal do centro de rotação coincide com o ponto de inflexão dessa curva sigmóide. A quinta e a sexta dimensão resultam da simultaneidade dualista, indissociável, destas duas categorias de fenómenos.
Nas variações funcionais e respectivos gráficos aqui representados, em conformidade com a tabela dos valores aproximados, acima descrita, tem-se considerado o valor da variável n = 13 e Z = 9; portanto Z constante e igual a 9. A variável Z pode assumir qualquer valor pois, não altera o resultado final da função de Patrício; porém, altera as características ondulatórias, vibratórias, pulsáteis ou periódicas da quinta dimensão espacial e, por conseguinte, altera o densitrão e a densidade do espaço. As ondas têm características como velocidade, amplitude, frequência, período e comprimento de onda; a modelagem da realidade física quantificável, através da função de Patrício e suas imensas extracções, permite explicar fenómenos como o amortecimento decrescente e a ressonância amplificante porém, vai mais longe, pois, permite também prever o comportamento dessa realidade observada em interacção recíproca com o observador enfrentando assim o jogo de probabilidades e o princípio da incerteza numa caminhada permanente e expansiva para o domínio do conhecimento.
Doutor Patrício Leite, 9 de Dezembro de 2019