A questão da igualdade no pensamento humano
traduz-se num paradoxo indissociável. De facto, dizer que duas coisas
são iguais, é dizer que uma é igual á outra, que não são a mesma coisa,
são duas e não uma, logo, para se poder afirmar que são duas, tem de
haver alguma diferença distintiva: uma não é a outra. A igualdade tem
sempre por base a diferença mas, se é diferente, então não é igual. A
questão da igualdade implica sempre num raciocínio comparativo. Neste
tipo de raciocínio comparam-se dois termos, diz-se: A é igual a B.
Habitualmente, quem diz ser A igual a B sente no seu mais intimo que A é
diferente de B, sente que A se tenta aproximar de B, mas não é B.
Assim, A tenta, ou é tentado, aproximar-se de B e depois, se possivel,
ultrapassar B e assim, deste se distinguir ou diferenciar.
Generalizando, o primeiro termo da comparação é aquele que sentindo-se
diferente, se tenta igualar ao segundo. Exemplificando:
As feministas dizem: “as mulheres são iguais aos homens” mas não dizem; “os homens são iguais ás mulheres” pois sentem que os homens detêm, de algum modo, uma posição que as mulheres desejam igualar para depois poderem ultrapassar.
Por semelhança com uma corrida de atletismo, o atleta que vai atrás, apróxima-se do que vai á frente para de seguida o ultrapassar.
O uso da linguagem comparativa caminha á frente dos factos concretos. A comparação dualistica dos dois termos e a posição que estes ocupam na sequência discursiva permite que uma pessoa atenta saiba, quem na realidade é sentido como detentor de uma vantagem comparativa.
As feministas dizem: “as mulheres são iguais aos homens” mas não dizem; “os homens são iguais ás mulheres” pois sentem que os homens detêm, de algum modo, uma posição que as mulheres desejam igualar para depois poderem ultrapassar.
Por semelhança com uma corrida de atletismo, o atleta que vai atrás, apróxima-se do que vai á frente para de seguida o ultrapassar.
O uso da linguagem comparativa caminha á frente dos factos concretos. A comparação dualistica dos dois termos e a posição que estes ocupam na sequência discursiva permite que uma pessoa atenta saiba, quem na realidade é sentido como detentor de uma vantagem comparativa.